Futebol perfumado
Com as bancadas de Alvalade repletas de beleza feminina apetece dizer que foram elas que deram inspiração aos jogadores leoninos e eles responderam com um futebol “perfumado” do melhor que se viu na era Paulo Bento.
Assim torna-se mais fácil: a trinco um jogador moderno que destrói quando é preciso destruir mas que joga para a frente e que dá amplitude ao jogo. No lugar de 10 um jogador “puro” e não um 10 “emprestado” como por vezes é o Yannick. E na frente um jogador rápido e prático (Yannick) a desequilibrar como ele tanto gosta, pelo lado direito, do ataque. A tudo isto juntou-se um Sporting mandão, como o tem de ser em casa, e um público que não assobia – até porque não tinha motivos para o fazer - , e aí está uma primeira parte de luxo que acaba com o resultado em 1-0 mas podiam ter sido 4, sem exagero, não fosse a oportunidade falhada por Bueno e os postes que retiraram a Romagnoli a hipótese de ter uma noite de glória plena e absoluta.
A segunda parte serviu apenas para cumprir calendário. Penso não ser exagero dizer isto pois o Sporting – e Yannick - matou o jogo aos 50 minutos e daí e até ao fim o jogo foi apenas e só entretido, o Estrela nunca foi ameaçador e só chegou ao golo por causa de uma oferta leonina, um golo que nada fizeram por merecer.
Durante a semana houve uma histeria colectiva por causa da expulsão de Liedson – justa diga-se – no jogo de Leiria. Ontem nem uma palavra sobre a arbitragem de Hélio Santos. O árbitro lisboeta não tem categoria. É fraco, demasiado fraco. Moses – curiosamente o autor do Golo do Estrela – entrou para “distribuir fruta”, agrediu Tonel – sim porque a bola já lá não estava – e nem amarelo viu. O avançado passou a ser constantemente assobiado estivéssemos noutro estádio de gente menos civilizada e talvez não fosse essa a reacção. Hélio Santos acumulou erros atrás de erros, pactuou com o jogo sujo de alguns estrelistas, apitou sempre ou quase sempre contra o Sporting. Tivesse Moutinho feito a mínima falta – felizmente não fez nenhuma – e tenho a certeza que não iria ao Dragão. Indignem-se agora senhores dirigentes do Sporting porque desta vez têm razão!
Extra jogo: Carlos Martins ficou novamente de fora. É cada vez mais preocupante ver o declínio deste jogador. Ninguém faz nada para o “reabilitar”?
1 comentários:
Com Liedson no camarote, a vitória do Sporting, com golos de Moutinho e Yannick, duas estrelas emergentes da Academia de Alcochete, poderia ter atingido números mais expressivos – caso a sorte estivesse com Romagnoli, que só nos primeiros quinze minutos rematou duas vezes ao poste; caso a equipa leonina não tivesse abdicado do futebol escorreito e ofensivo depois de chegar ao 3-0, ainda no início da segunda parte; e caso o árbitro Hélio Santos, a meio do segundo tempo, tivesse expulsado Moses, por prática de jogo violento sobre Tonel, e Tiago Gomes, pelo mesmo motivo, pois pisou ostensivamente um pé de Yannick Djaló.
domingo, 11 março, 2007Enviar um comentário