sábado, junho 27, 2009

"Acabei por fazer uma época razoável"

Nome: Tiago Filipe Martins Gonçalves
Data de nascimento: 03/09/1986
Posição: defesa central
Local de nascimento: Viseu
Altura: 1.82
Peso: 77kg
Estreia pelo Académico de Viseu: Académico de Viseu 1 União de Lamas 2
1º golo pelo Académico de Viseu: Sátão 0 Académico de Viseu 2
Ídolo: Rio Ferdinand
Clube de futebol: Sporting Clube de Portugal
Morada: Viseu


Para começar aí vai a pergunta da qual todos os academistas aguardam a resposta: vais continuar no Académico?
Sim já está tudo acertado para continuar, falta só acertar a duração do contrato.

Conta-nos como foi a tua carreira nas camadas jovens e quais os clubes que representaste:
Fiz praticamente toda a formação no CAF. Fui três vezes campeão em diferentes escalões. Foi também ao serviço do CAF que consegui ser internacional pela primeira vez o que para mim teve um significado ainda maior. Depois apareceu o Braga, um desafio que tinha que agarrar para dar continuidade ao bom trabalho que tinha feito no Académico e continuar a ser opção na selecção.

Que recordações guardas da selecção? Sonhas um dia voltar a uma selecção? Com que jogadores actuaste e que agora “dão cartas” no futebol português?
Foi o concretizar de um sonho, que espero um dia repetir. A importância de vestir aquela camisola e ouvir o Hino foram momentos fantásticos e que já mais esquecerei. Tive o prazer de jogar ao lado de agora grandes jogadores como o Moutinho, o Veloso (fomos parceiros na defesa), Saleiro, Paulo Machado, etc.…


Quais as razões que encontras para não teres vingado no Sporting de Braga? Surpreende-te o evoluir deste clube nos últimos anos?
Não gosto muito de falar nesta questão, porque sinto que tudo fiz dentro do campo para ainda hoje poder fazer parte daquele clube, só que por vezes acontecem situações onde não podemos fazer nada e ai também tive culpa, deixei andar com medo de me impor como homem. Sinceramente não me surpreende em nada a evolução do Braga, pela ambição, rigor e exigência de quem comanda o clube, acredito que o clube crescerá ainda mais.


O Académico é já o 4º clube que representas como sénior. Fala-nos um pouco desses clubes:
Sporting de Braga B –
Uma equipa que o principal objectivo era fazer a ponte entre a formação e o futebol profissional e nos preparar para a equipa principal. Aprendi muito e fiz grandes amizades.
Moreirense – Um grande clube que é pena andar nestes escalões. Tive um ano dificil, onde não joguei praticamente, mas onde havia jogadores de 1´liga e me ensinaram muito e agora lhes agradeço por tudo.
Nelas – Depois de um ano difícil o Nelas foi uma aposta pessoal e para começar a jogar novamente. Acabei por ganhar confiança e fazer uma época melhor do que estava à espera. Em termos de clube aprendi que afinal o futebol não e assim tão fácil e quando aparecem problemas como os que apanhei, que nunca tinha apanhado e que depois se agravaram ainda mais este ano. Foi complicado.

No início da época foste algo criticado pelas tuas exibições mas com o decorrer da temporada foste “crescendo”. Concordas? A que se deveu o início menos positivo?
Sim concordo. Foi um início difícil se calhar devido a ansiedade que sentia de ter voltado ao meu clube e a vontade de mostrar que tinha capacidade para vestir esta camisola. E depois daquelas duas expulsões seguidas tive que ser forte para superar e dar a volta por cima, sabia que tinha qualidade e continuando a trabalhar ia voltar a melhor forma, foi o que aconteceu e acabei por fazer uma época razoável.

Qual é a tua opinião sobre mudanças na equipa técnica a meio da temporada? O que mudou no Académico com a “chicotada psicológica”?
São situações complicadas de analisar quando acontece no nosso clube mas nós, jogadores, temos que estar preparados. Faz parte do futebol. Mudaram algumas coisas mas o essencial manteve-se, o grupo de trabalho.

A quem se deveu o sucesso da última época: técnicos, jogadores ou direcção?
Quando se ganha o sucesso reparte-se por aqueles que fazem parte dele. Mas, para mim, muito do sucesso se deveu à união do grupo que foi fantástico e que já mais esquecerei.

Como era o ambiente no balneário no fim do jogo com o Cinfães na segunda fase? Onde é que foram buscar forças para os dois últimos jogos da época?
Era um ambiente difícil porque todos nos sabíamos que podíamos ter dado muito mais e sabíamos que a partir daquele momento já não dependíamos só de nós, mas continuamos acreditar que era possível. E foi!

Estavam à espera de ver o Fontelo tão bem composto no jogo contra o Anadia? Explica-nos o que sentiste quando Rui Santos fez o 2-0.
Sim, já esperávamos devido a importância do jogo. E só tenho que agradecer esse apoio porque sem vocês se calhar não era possível. Foi uma sensação fantástica que vou guardar para sempre e saber que tínhamos conseguido o objectivo e ver o delírio de todo o Estádio são momentos que não dão para descrever.

Foste por nós, A MAGIA DO FUTEBOL, considerado por 3 vezes, ao longo da época, como o melhor academista em campo: Sátão (0-2), São João de Ver (0-0) e Anadia (1-0). Concordas, ou queres destacar outros jogos?
Sim foram jogos em que me destaquei em termos individuais, mas houve outros jogos que acho que estive melhor mas em prol do colectivo.

Em Fevereiro elegemos-te como o melhor jogador do Académico no mês em causa. Teve algum significado para ti essa distinção?
Claro! É sempre bom ver o nosso trabalho reconhecido.

Vamos fazer um teste à tua memória. Recordas-te dos 4 golos que apontaste?
No Sátão abriste o marcador (0-2) – foi num canto em que apareço ao 2º poste e encosto de cabeça. Foi um golo importante devido aos últimos resultados e que nos deu alguma serenidade.
Fizeste o 3-2 final em Anadia – um golo algo confuso. No meio da confusão a bola veio parar aos meus pés e aí só tive que encostar.
Novamente ao Sátão, 3-0, desta vez no Fontelo (4-0) – novamente num canto apareço ao 2º poste sozinho, muito parecido com o primeiro.
Abriste o marcador na Tocha (1-4, 2ª fase) – num canto o Filipe aparece a desviar ao 1º poste e eu acompanho o desvio e encosto de pé esquerdo.

Qual o avançado que mais te custou marcar na época que agora acabou?
Os mais difíceis são aqueles que nos fazem golos, mas não me lembro de nenhum em especial.

Jogaste com vários jogadores ao teu lado no centro da defesa. Fala-nos deles:
Sérgio –
Do Sérgio tinha muito para falar, além do muito que me ajudou destaco o profissionalismo, o querer e a ambição como de um jovem se tratasse e sem duvida o GRANDE CAPITAO E LIDER QUE É.
Calico – É ainda um jovem, como eu, com qualidade e vontade de trabalhar. Jogamos juntos numa altura complicada mas gostei de jogar ao lado dele.
Filipe – um jogador com uma disponibilidade incrível, jogue onde jogar raramente compromete.
Lage – Este ano não joguei com ele a central, mas o ano passado em nelas chegamos a jogar juntos. Com a qualidade que tem torna-se fácil jogar com ele.

Já te explicaram quais são os objectivos para a próxima época? E a nível pessoal quais são?
Os objectivos têm que ser sempre os mesmos ganhar, ganhar e ganhar. Só com esse pensamento se pode jogar no Académico. A nível individual tentar fazer mais e melhor do que esta época.

Ultimamente tem-se falado muito da saída de jogadores experientes como são, por exemplo, o Sérgio e o Rui Lage. Até que ponto eles foram importantes no sucesso da época que agora terminou?
Foram jogadores de extrema importância, foram aqueles que nunca deixaram cair o grupo, verdadeiros líderes que no meu ver vão fazer muita falta. Mas o futebol e assim e tenho que aceitar a decisão de quem manda.

Com a subida de divisão uma boa parte dos adeptos já sonha com a subida à Liga Vitalis. Acreditas que tal seja possível ou é utópico pensar-se nisso? (Carlos Silva)
Tenho que acreditar que e possível e também faz parte dos objectivos do clube. Mas vamos com calma, não podemos dar passos maiores que as pernas.

Tendo em conta a qualidade de jogo que apresentas actualmente no eixo da defesa academista, pensas que o “salto” para um clube da Vitalis/Sagres poderá estar para breve?
Sim faz parte dos meus objectivos num futuro próximo dar o salto para os campeonatos profissionais. Se for ao serviço do Académico tanto melhor.

Achas que devíamos ter mais jogadores da região ou apostar em valores de fora? (Pedro)
É relativo. Quem vier, seja de Viseu ou de fora, tem que ter qualidade para jogar no académico.

Qual o melhor jogador com quem jogaste? Qual a tua referência como defesa central? (Pedro)
Já joguei com alguns jogadores com muita qualidade, mas não tenho nenhum como referencia. O jogador ao qual me identifico e que mais aprecio a jogar e o Ferdinand (Manchester).

De onde vem a alcunha “Óscar”?
Nem sei explicar bem. Acho que também não é bem uma alcunha mas sim mais uma brincadeira da obra do Rui santos e do Lage.

A vocês magia um grande abraço e parabéns pelo bom trabalho que tem feito.

2 comentários:

Anónimo disse...

"Tendo em conta a qualidade de jogo que apresentas actualmente no eixo da defesa academista, pensas que o “salto” para um clube da Vitalis/Sagres poderá estar para breve?"

esta pergunta está mal feita, sinceramente não percebo, então um jogador formado nas escolas do académico, pergunta-se se pensa dar o salto?? nós estamos a uma subida de uma daquelas divisões referidas e a 2 da outra, porque não e como mt bem o Tiago disse ser com a camisola do académico???

Humildade faz bem, mas em demasia é um abuso... ESTAMOS PERTO DA PRIMEIRA LIGA!!!! MT ESFORÇO E CONSEGUIREMOS, AO FIM DE LÁ ESTARMOS PASSAREMOS A SER A 5 ou 6 MELHOR EQUIPA DO PAIS... acreditem nisso...!!

Sprees

sábado, 27 junho, 2009
Anónimo disse...

Olha mais um que está maluco ao dizer que o SERGIO eo LAGES foram fundamentais durante a epoca. EO BURRO SOU EU???????????????

sábado, 04 julho, 2009