Abel,
é sem qualquer tipo de dúvida, um dos grandes nomes da história academista
mesmo que só tenha andado por cá três épocas.
Em
Portugal o primeiro clube por quem foi inscrito foi o Lusitano GC da cidade de
Évora. Tem ainda a particularidade de na época 87/88 ter sido inscrito também pelo
GDR Mundão.
Estreou-se
pelo Académico logo na primeira jornada da época de 87/88 quando o CAF perdeu
em Leiria por 3-2. Já o seu primeiro golo aconteceu à 5ª jornada quando abriu o
marcador frente ao Beira-Mar numa vitória por 3-1 com os outros golos a serem
apontados por Delgado e Quim.
Nessa
sua primeira época, que como sabemos foi de subida à I Divisão, foi um dos
jogadores mais importantes da equipa, tal como provam os 42 jogos e os 16
golos. Em termos de golos só João Luís (20) fez melhor na época em causa. Foi ainda o melhor marcador do ano civil de 1988, também com 16 golos.
Falando ainda dos golos apontados (29) no total das 3 épocas passadas em Viseu, refira-se que o Estarreja foi o seu melhor «cliente» (4), a que se seguiram Marivalvas (3), Vitória SC (2), Mirense (2).
Em 1988/1989 com o Académico na I Divisão foi novamente peça fundamental na equipa, embora a nível colectivo tenha sido um desastre já que o Académico desceu, tendo feito 34 jogos, apontou 6 golos e foi mesmo o melhor marcador academista da época 88/89. Atente-se, a nível de exemplo, o que o jornal Record disse sobre a sua exibição no Fontelo frente ao Sporting (2-2) - «Rapidez, poder de improvisão, um jogador perigoso e com talento».
A boa época de Abel em 88/89 levou a que o Sporting se interessasse por si, chegou mesmo a apresentar-se no primeiro dia do trabalho dos leões, mas acabaria por ficar por Viseu, não sem alguma polémica à mistura.
A sua ligação ao Académico terminou na época 89/90. Nessa época o Académico jogaria na II Divisão, Zona Centro. O sonho do regresso à I Divisão depressa se esfumou, mas o quinto lugar final fez com que o Académico se apurasse para a primeira edição da Segunda Liga então conhecida Liga de Honra, hoje Ledman LigaPro.
Voltou nessa época a ser peça importante efetuando mais 28 jogos e 7 golos (só Márcio com 10 fez melhor).
De saída do Académico foi para o Boavista, onde não chegaria a atuar, mas ainda em 90/91 mudou-se para o FC Maia. Ainda que de forma involuntária assistiria, na primeira fila, a um episódio triste e caricato da história academista, o «caso Elísio» que foi já recordado no nosso blogue aqui e aqui.
Em 91/92 mudou-se para UD Leiria (91/96) testemunhando o crescimento do clube da cidade do Lis, voltando aí a jogar na I Divisão. Terminou a carreira no SC Vila Real (96/97).