sábado, fevereiro 17, 2007

«Nunca vou cuspir no prato onde comi»


VIOLENTO NA RESPOSTA A JOSÉ PESEIRO

«Nunca vou cuspir no prato onde comi»

As múltiplas entrevistas de José Peseiro nos últimos tempos, nas quais se referiu ao estado actual da nação leonina, incomodaram Paulo Bento. O treinador ainda fez um esforço para se conter quando a pergunta surgiu mas acabou mesmo por ser violenta a resposta ao antigo treinador.

— Como é que vê que José Peseiro tenha dito que a sua equipa era mais espectacular que esta?

— Essa foi uma questão que já começou há muito tempo. Em Janeiro de 2006 começou a falar-se de espectáculo e de outras situações. A minha função é treinar o Sporting. E a minha profissão é treinador, não é comentador. No dia em que deixar esta cadeira a primeira coisa em que me vou preocupar é de não cuspir no prato onde comi. Isso não vou fazer. E, por muito respeito que tenha por vocês [jornalistas], não faz parte dos meus planos ser comentador. Não tenho necessidade disso nem é essa a minha forma de estar. Quando não estiver aqui não quero passar todos os dias na imprensa, nas televisões. Aliás, a única coisa que faltou foi estar no Tempo Extra e fazer o programa com o Rui Santos. De resto, foi a semana toda. Incomoda-me pouco. Sei quais são as intenções mas, sinceramente, incomoda-me pouco.

— Concorda com Peseiro quando ele diz que não teve o ambiente de que Paulo Bento dispõe?

— Depende. Um dia explico essas coisas do ambiente mas mais tarde, agora não. Ainda é cedo.

— Não vai comentar e diz que vai explicar mais tarde...

— Depois explico. Não vou comentar agora.

— Mas tem muito para contar?

— Se calhar tenho algumas... E ele também.

— Porque não quer contar agora?

Não quero. Ainda é cedo.

— As suas palavras poderiam mexer com o grupo de trabalho?

— Com o grupo não. E comigo também não.

— Então está a proteger quem?

— O Sporting. Estou aqui para proteger o Sporting, não estou aqui para pôr o Sporting em evidência. Quando digo não comento digo que não comento neste momento. Mais tarde irei fazê-lo. Seguramente.

— Nem sequer comenta a hipotética intenção dessa declarações?

— Para já não.

In Jornal ABola

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