Tanta inércia, tinha que dar no que deu

Tanta inércia, tinha que dar no que deu

Académico de Viseu: Manuel Fernandes, Calico, Marcos, Negrete, Megane, Beaud, Álvaro (Carlos Santos 75), Eduardo, Cardoso (João Miguel 67), Filipe Figueiredo (Alex 82) e Zé Bastos. Treinador: Idalino de Almeida

Suplentes não utilizados: Nuno, Feliciano, Lopes e Sani.

União de Lamas: Saul, Daniel, Fábio, António, Ivo, Jonathan, Filipe, André (Rafel 64), Fred, Tiago Fernandes e Kaká (Zé Paulo 92). Treinador: Luís Pinto.

Suplentes não utilizados: Zé Miguel, Sousa, Baloma e Toninho.

Cartões amarelos: Megane 64 e 65, Zé Bastos 82 e 90 (Académico de Viseu) Fábio 55 e Filipe 75 (União de Lamas)

Cartões vermelhos: Megane 65 e Zé Bastos 90 (Académico de Viseu)

Golos: Negrete 14 (1-0), Tiago Guimarães 60 (1-1), Jonathan 74 (1-2)

Foto: Diário Regional

Académico de Viseu 1 União de Lamas 2: Quando Negrete, aos 15 minutos, marcou o golo inaugural já Cardoso havia atirado uma bola à barra após um cruzamento de Zé Bastos proveniente da esquerda. Ao minuto referido em cima, e após mais um pontapé de canto marcado à maneira curta, Filipe Figueiredo inventa espaço na direita do ataque academista e oferece, de bandeja, o golo a Negrete que ao segundo poste “apenas” teve que empurrar a bola para o fundo da baliza unionista. Começavam bem as coisas para o Académico de Viseu que jogava bem, perante um atónito forasteiro, e tudo podia ser melhor se aos 17 minutos, ou seja, dois minutos depois do golo inaugural, Zé Bastos tivesse atirado a contar quando isolado, mas em desequilíbrio, atira de cabeça ao lado. Corriam bem as coisas ao Académico e ninguém imaginava o que se passaria a seguir pois aos 20 minutos a equipa de Viseu, que hoje equipou de branco, desapareceu. Daí até ao intervalo assistiu-se a um verdadeiro festival de maus passes por parte dos comandados por Idalino de Almeida com a equipa do distrito de Aveiro a acumular um sem número de foras de jogo, com uma bola no poste de Manuel Fernandes e com o Académico a mostrar incapacidade em reagir às adversidades. Ao intervalo, com o Académico em vantagem, não se agoirava nada de bom.
Se a primeira parte não tinha sido boa, exceptuando os primeiros vinte minutos, a segunda parte foi de verdadeiro pesadelo. No título uso a palavra inércia. Inércia significa falta de movimento, falta de actividade. Inércia significa também apatia, letargia. E foi isso o que se passou no relvado do Fontelo. De uma “brincadeira” entre Marcos e Manuel Fernandes surge o golo do empate. Já com o Académico em desvantagem numérica – expulsão de Megane – e após muita passividade na defesa academista o União de Lamas chega ao golo da vitória. Foi depois da entrada de Alex que o Académico voltou a estar perto do golo mas… já era tarde. Apenas houve tempo para Zé Bastos ser expulso sem necessidade nenhuma. O resultado castiga - e bem - o Académico e é, no meu entender, justo.