Crónica do jogo: Moreirense FC 2 x 0 Ac.Viseu FC

Crónica do jogo: Moreirense FC 2 x 0 Ac.Viseu FC

A estreia do Ac.Viseu na 2ªliga não foi de todo feliz. Primeiro, porque o adversário só era uma das turmas mais difíceis da prova, experiente e habituada a estas andanças. Segundo, o Académico acusou alguma ansiedade, normal para uma equipa que subiu de escalão e partiu para uma realidade completamente diferente dos campeonatos amadores.

O técnico Filipe Moreira apostou num onze com algumas alterações em relação aos jogos da Taça da Liga. Nuno Ricardo foi o GR (já com H.Godinho no banco); Tomé, Cláudio, P.Monteiro e M.Lança formaram o quarteto defensivo; Capela, Lourenço e B.Loureiro jogaram no centro do terreno; Tiago Rosa, Leonel e Wendel compuseram o onze. Entraram ainda Luisinho, Quattara e Zé Augusto.

Pensamos que a intenção de F.Moreira ao incluir Tiago Rosa à frente de Tomé tenha sido para tentar tapar as subidas do experiente lateral Miguelito. Do outro lado Leonel fechava mais o flanco esquerdo, onde Paulinho era um lateral extremamente ofensivo, e contava com o temível Wagner – diga-se quase sempre anulado por M.Lança. A verdade, é que os academistas foram demasiados defensivos ao longo da partida, quase nunca incomodando o guardião Carlos. Wendel – bons pormenores técnicos - estava sempre muito desapoiado no ataque. A turma de Moreira de Cónegos, treinada por Vítor Oliveira, dotada de jogadores de grande experiencia, chegou ao golo à passagem da meia hora de jogo. Livre superiormente marcado pelo esquerdino Márcio Madeira, e de cabeça, Luís Aurélio desfeiteou o guardião Nuno Ricardo, que podia ter feito bem melhor. O Académico subiu ligeiramente no terreno, mas até ao intervalo, não foi capaz de chegar à baliza do guardião da casa.

Para o segundo tempo previa-se mais Ac.Viseu. Mas assim não aconteceu. Vítor Oliveira procedia a uma alteração ao intervalo: D.Cunha apagado, dava lugar a Tarcísio. Se a intenção do técnico da casa era a de gerir o jogo ainda com mais troca de bola, conseguiu. A turma da casa, geria o jogo ao ritmo que pretendia. O segundo e último golo da partida surgiria de novo de bola parada. Pontapé de canto de M.Madeira e nem o guardião, nem o defesa academista foram expeditos afastar a bola da linha de golo. Pires, não se fez rogado e encostou para o 2-0 para o Moreirense. Pediu-se falta do avançado da turma da casa, não acedida pelo árbitro Hugo Miguel - que fez uma boa arbitragem. Depois entraram Luisinho e Ouattara na turma viseense, para dar nova alma aos academista, mas não foi possível fazer melhor. Mesmo assim, nota final para dois lances ofensivos de perigo dos forasteiros. Um livre de Bruno Loureiro para a defesa de Carlos. E uma iniciativa de Marco Lança que por pouco não deu golo para o Ac.Viseu.

Para primeiro jogo, há muito a reter, mas isso ficará para quem de direito. As derrotas na maioria das vezes, devem ser vistas como pontos de viragem, onde existem sempre situações a melhorar. Não foi a estreia que todos pretendíamos, sem dúvida, mas também não deixamos de virar a cara à luta em nenhuma ocasião, perante um candidato mais que assumido ao título. Estamos convictos que jogadores como H.Godinho, João Alves, João Martins, e um ou outro avançado poderão e serão certamente úteis para o Ac.Viseu realizar um campeonato sem sobressaltos.

Próxima batalha 5f, dia 15, no Fontelo frente ao Braga B, pelas 16h com transmissão na SportTV. Força Académico!

João Monteiro