segunda-feira, abril 30, 2007

Ganhou o FC Porto?

Quim; Nélson, David Luiz, Anderson, e Léo; Petit (Mantorras 81), Katsouranis, Karagounis e Rui Costa; Miccoli e Nuno Gomes (Manú 69)

Ricardo; Abel (Alecsandro 66), Caneira, Polga e Tello; Miguel Veloso, João Moutinho, Nani e Romagnoli (Tonel 89); Liedson e Yannick (Pereirinha 66)

Golos: Liedson 2 (0-1), Miccoli 23 (1-1)

Remates:
Benfica 13 (7+6)
Sporting 12 (7+5)

Cantos:
Benfica 4 (0+4)
Sporting 8 (3+5)

Faltas:
Benfica 13 (8+5)
Sporting 22 (11+11)

Foras de jogo:
Benfica 0
Sporting 2 (0+2)

Fonte: Record

Considero Ricardo como o melhor sportinguista em campo mas Paulo Bento até foi, para mim, a grande figura deste Sporting. A tentação de colocar Tonel de início no lugar de Abel, derivando Caneira para a lateral direita, era tanta que quase todos os entendidos davam como certa essa alteração, no entanto, Paulo Bento, fiel aos seus princípios, apostou na equipa que tem resolvido os últimos jogos e foi premiado com o golo madrugador – os bons hábitos até na Luz são para manter -, com Abel a mostrar que o seu treinador havia acertado ao apostar em si e Liedson a deixar a sua marca mais uma vez num dérbi. Percebem agora porque é que os benfiquistas não gostam do levezinho?
Os primeiros 15/20 minutos foram à Sporting, ou seja, um meio campo muito móvel - onde todos os jogadores sabem qual o seu papel e desempenham-no com perfeição -, com Romagnoli a encher o campo e, sobretudo, com Miguel Veloso a provar que hoje em dia é o melhor trinco a actuar no nosso campeonato, o Benfica parecia atarantando e o Sporting parecia capaz de chegar ao 2-0, o certo é que não o fez – teria sido o K.O. -, e o Benfica que apesar de tudo é o Benfica acabou por reagir, aliás como lhe competia. A verdade é que o golo benfiquista acabou por acontecer – sem tirar o mérito a Miccoli, Tello e sobretudo Nani não ficaram bem na fotografia -, numa altura em que o Benfica ainda não havia feito quase nada para o merecer. Depois do golo o ritmo baixou consideravelmente mas o Sporting teve mais bola, mais ataques, enfim, foi mais equipa.
Foto: Reuters
A segunda parte teve um início com o Sporting a apresentar uns 8/10 minutos de intenso domínio mas nesta altura o Benfica resolveu colocar a bola no chão, obrigou o Sporting a correr atrás dela, e nesse “mini sufoco” sobressaiu toda a classe de Polga e Ricardo acabou mesmo por ser decisivo em certas alturas do jogo. Paulo Bento quis ganhar ao retirar Abel de campo e ao construir um meio campo sem médios de características defensivas mas o recuo de Veloso não surgiu os efeitos necessários já que é no meio campo que ele exerce todo o seu poder. Ao chegar aos 15 minutos finais percebia-se que um golo a acontecer para qualquer das equipas ditaria o vencedor, era maior o medo de perder do que a vontade de ganhar e aqui há que ser frios a pensar, o empate dava para manter a pressão no Porto e dava também para manter o Benfica longe do segundo lugar e convém referir que o presidente Soares Franco falou nos milhões que valem a entrada directa na Liga dos Campeões, posto isto era o Benfica que teria que ter as despesas do jogo e a equipa vermelha mostrou incapacidade para isso. Nem a última alteração de Paulo Bento se pode considerar defensiva pois devolveu Veloso ao meio campo.
Resultado justo, com o Sporting a mandar um recado para o Dragão: podem até ter ganho o dérbi de Lisboa, mas se voltarem a perder o Sporting vai aproveitar! É essa a minha convicção!

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