domingo, agosto 26, 2007

Uma questão de inteligência

Foto: Reuters

Quem é sportinguista deve ficar contente por ver a forma como o Sporting se apresentou no Dragão, ou seja, um Sporting personalizado que sabe o que quer e que não muda o seu jogo em função do adversário, neste aspecto temos que dar mérito a Paulo Bento, esta foi a quarta vez que o Sporting foi ao Dragão na sua era e pela quarta vez vimos um Sporting sem medo do “bicho papão”, longe vão os tempos em que o Sporting ia às Antas “borrado de medo” e saí de lá humilhado ou perto disso. Mérito de Paulo Bento repito!
A primeira parte do Dragão foi no entanto um deserto de ideias pelo lado do Sporting mas o Porto também pouco inspirado estava. Quaresma atirou à barra? Pois, já Simon dizia é ele e mais dez. Houve mais Porto? Pois houve, mas o Sporting deu sempre a ideia de ter o jogo controlado.
No começo da segunda parte o Sporting deu a entender que ia tentar pegar no jogo, fez o Porto recuar, teve nessa ocasião mais posse de bola mas verdade seja dita que o perigo que levou à baliza do Porto foi sempre um perigo relativo. Até que veio o momento do jogo, o tal livre indirecto - mais abaixo voltarei a este assunto – que ditou o golo portista. Foi um atraso de Polga a Stojkovic? Sinceramente tenho as minhas dúvidas e explico porquê: o central do Sporting está nas costas de Postiga e estica o pé para fazer o corte e esse corte sai na direcção de Stojkovic, ora se esse “atraso” nasce de um corte penso que podia se jogada com a mão, mas não foi por aí que o Sporting perdeu no Dragão.
A perder que faz Paulo Bento? Lança mão ao plano B – ele tinha avisado em entrevista á RTP -jogar com apenas 3 centrais, sacrificando os defesas laterais, que estavam a jogar bem no meu entender. Na minha humilde opinião o Sporting neste plano B necessita de um homem de área, ora Liedson e Derlei não são seguramente esse tipo de jogador e o Sporting queima uma alteração nesse aspecto, ou seja, nem Abel nem Ronny têm características para jogar no sistema de 3 defesas logo têm que sair os dois. Se Paulo Bento pensa em novamente voltar a utilizar este plano convém que pelo menos tenha Had em campo. É que Caneira já cá não mora.
Neste tipo de jogos é usual dizer-se que se decidem nos pormenores, este decidiu-se numa questão de inteligência ou na falta dela. Falta de inteligência de Stojkovic que na dúvida nunca devia ter agarrado aquela bola, até porque teve imenso tempo para afastar a bola com o pé, e inteligência do FC Porto na maneira como executou a falta.
Vitória do Porto, parabéns!

5 comentários:

Peyroteo disse...

Proença, 1 – Sporting, 0

http://bola-na-trave.blogspot.com/2007/08/proena-1-sporting-0.html

Não é fácil para mim escrever estas linhas, pois até o faço antes dos meus colegas Portistas, que até devem estar com um pouco de AZIA pela forma como ganharam estes 3 pontos; embora agora estejam com o “Rei na barriga”, até não lhes ficava mal admitirem os factos e não tentar arranjar teorias de desculpabilização ou compensação.
Mas a verdade é que foram eles a ficar com os 3 pontinhos…

Num jogo equilibrado, onde Proença não quis expulsar 3 jogadores do FCP, como se empunha, acabou por decidir a partida assinalando um bizarro livre indirecto na linha da pequena área, o “SUPER PENALTY”, considerando que um corte de Polga, foi um passe ao GR!!!
Claro que o GR Stojkovic poderia ter jogado com os pés, não dando assim hipótese ao Apitador de inventar um lance para decidir a partida, mas acho injusto culpá-lo, assim como já sei que durante os próximos tempos grande parte dos Opinion-Makers vão tentar CRUCIFICAR o guardião, com 2 principais objectivos:
- Atribuir-lhe as culpas do sucedido e não ao verdadeiro culpado, o Proença;
- Tirar a tranquilidade ao homem, pondo em causa o seu valor e/ou a sua continuidade na baliza Leonina.
O lance é ridículo, até porque nem se trata de uma defesa a evitar um golo; pois o GR pára a bola com os pés e serena e tranquilamente aguarda a chegada do avançado do FCP para então agarrar a bola.
Gostaria ainda de dizer ao Sr. Proença, que se gosta assim tanto de livres indirectos dentro da área, teve até ao final do jogo mais 3 boas oportunidades de marcar um, e estas sim para livre indirecto:
- Numa jogada perigosa dentro da área Portista, o Sporting esteve perto do golo, mas um jogador do FCP corta a bola com pé em riste.
- Em 2 ocasiões o GR Hélton superou largamente os 6 segundos de que dispõe para colocar a bola em jogo, logo ficaram 2 livres indirectos por marcar.
Antes que me venham para aqui encher a caixa de comentários, devo dizer que NÃO ACEITO que me digam que Polga passou a bola ao GR, pelo que quem tiver essa opinião, pode ter a certeza que não terá resposta da minha parte.
É duro saber que Vocês nunca na vida vão provar do mesmo remédio, pois só ao Sporting é que acontecem lances como estes:
- Golo de um apanha-bolas;
- Golo de raquetada que valeu um campeonato;
- Penalty assinalado contra por falta cometida 1 metro fora da área;
- Livre indirecto na linha de pequena área, um SUPER-PENALTY, por considerar um corte, como um passe deliberado ao GR, ainda para mais num clássico entre candidatos ao título com 0-0 no marcador e com toda a tendência a ficar empatado!
Para terminar gostaria que os amigos Portístas fossem sinceros e imaginassem que tudo se tinha passado precisamente ao contrário? O que achavam do livre-indirecto? Gostavam?

O jogo:
Após uns primeiros 10’ sem nada de relevante, para além de uma simulação de Pedro Emanuel logo no 1º minuto e outra de Quaresma aos 3’, onde o árbitro esteve bem ao não assinalar, o jogo teve um período de 25 minutos onde o FCP foi superior e conseguiu prender o Sporting.
Neste período o FCP poderia ter chegado ao golo em 3 ocasiões, principalmente num livre de Quaresma ao ferro. Nas outras 2 ocasiões o FCP não marcou porque pagou a factura da “manta do pobre”, pois ao colocar o seu ponta de lança em marcação cerrada a Miguel Veloso, era lógico que não poderia aparecer em situação de finalização.
Com a táctica de 3 médios defensivos mais o ponta de lança a marcar Miguel Veloso, Jesualdo conseguiu anular o meio campo Leonino, mas deixou o seu ataque entregue aos 2 extremos: Tarik e Quaresma; limitando as suas hipóteses ás bolas paradas ou a jogadas de cruzamento que acabariam sem um homem no meio para concretizar.
Cerca dos 33’ o jogo muda de rumo, pois o Sporting equilibrou as operações e até ao final da 1ª parte, cada uma das equipas apenas criou perigo por uma vez.
O tal ponto de viragem aos 33’ resulta duma falta muito dura de Quaresma sobre Miguel Veloso para indiscutível cartão vermelho, mas que Proença mais uma vez decidiu presentear apenas com cartão amarelo.
Esta parte final da 1ª parte mostrou em boa dose ao que vinha Pedro Proença:
- 33’: Quaresma faz falta para vermelho e vê apenas o Amarelo;
- 37’: Bosingwa quase que “assassinava” Moutinho, mas nem amarelo viu;
- 42’: Pedro Emanuel cotovela Derlei, mas mais uma vez… nada!
Para os que venham dizer que o futebol “não é para meninas”, olhem para a cara que o Jesualdo faz depois de ver o que o Bosingwa fez ao Moutinho!
Na 2ª parte o Sporting entrou decidido a mudar o rumo do jogo e assistimos ao melhor período da partida, onde o Sporting dispôs de 3 ocasiões e o FCP de uma por intermédio de Postiga, num potente remate de longe, que o GR não segurou à primeira.
Depois lá aconteceu o SUPER-PENALTY aos 53’…
Até ao final o Sporting tentou empatar, mas aqui o FCP soube defender bem, mesmo quando a 15’ do final Paulo Bento fez sair os 2 defesas laterais, fazendo entrar Pereirinha e Djaló; mudando de 4-4-2 para 3-4-3. Mas verdade seja dita, estes 2 elementos nada acrescentaram ao jogo; sendo de questionar porque motivo não entrou a tal Torre, o Purovic.
Outra questão que se verificou foi a substituição de Izmailov por Simon Vukcevic logo aos 60’. Para mim ficou provado que Simon é mais útil ao Sporting, pois como se constatou criou muito mais mossa na defesa contrária. Acho ainda que Simon ganhou a titularidade para o futuro.
Perigo, perigo aconteceu aos 88’ num remate de Derlei que Hélton defendeu mal, mas quis a MÁ sorte que o Sporting não chegasse ao golo.
Nota final ainda para o vergonhoso anti jogo dos últimos minutos, onde valeu de tudo e onde Proença ajudou à festa, pois até um simples lançamento lateral era questão para 1 minuto perdido.
Pelo meio Hélton ainda cruzou os pés e arrancou uma chuteira, para queimar ainda mais tempo…
Termino dando os meus parabéns aos atletas Leoninos, que apesar de tudo não perderam a cabeça depois de terem sido Barbaramente Caceteados e premiados com o tal SUPER-PENALTY que não lembra ao diabo.
Parece que estamos a voltar aos velhos tempos… de que os Sportinguistas bem se recordam, e onde tinham quase todos a mesma opinião: Vamos ás Antas? Então mais vale mandar os Juniores porque ao menos não ficamos com lesões e castigos.

segunda-feira, 27 agosto, 2007
Anónimo disse...

Os Kalimeros do costume.

segunda-feira, 27 agosto, 2007
Anónimo disse...

ele pediu coragem e aconteceu..e o livre e assinalado porque?porque tem 45 mil adeptos a assobiar e o senhor teve medo sabe se la de que e assinalou.o polga e um jogador fantastico mas chegar ao ponto de tirar a bola ao helder postiga e ter ainda no pensamento atrasar a bola para o guarda redes....enfim a reacçao do paulo bento e normal porque ir ao dragao e o redes arriscar daquela maneira(mesmo tendo a razao do lado dele) e muito perigoso.a reacçao do guarda redes e normal com toda a certeza que toda a gente viu que aquilo foi um corte(e sem ainda saber que esta em portugal a jogar contra um clube que tem o seu presidente a ser ouvido por provavelmente ter dado chocolatinhos e cafes aos arbitros)ele agarra a bola.ponham homens com tomates a apitar jogos desses e nao esses tipos que apitam pelos assobios dos adeptos.

segunda-feira, 27 agosto, 2007
Anónimo disse...

Descuplas incriveis de maus perdadores...arranjem um guarda redes que saiba jogar com os pés...sempre que ele ia chutar era um deus me ajuda...nao tivaram a sorte da supertaça...o sporting no ataque,foi zero,nao apareceu o penalty ou livre inventado pelo liedson(bem tentou com varias simulaçoes).

segunda-feira, 27 agosto, 2007
Peyroteo disse...

Banho de Bola?

Já aqui escrevi numa caixa de comentários, que no último Porto – Sporting, contrariamente ao que afirmam alguns Portistas cegos, a equipa da casa esteve longe de dar “um banho de bola”, mas a verdade é que eu próprio tinha e continuo a ter a ideia que o Porto terá sido superior no computo total do jogo, apesar de considerar o empate como o mais certo para o jogo em causa. (Evidentemente que me estou a abstrair completamente da influência da arbitragem na partida).
Para esta ideia de que o Porto foi superior, muito terá contribuído o facto do lance de Quaresma ao ferro e do Sporting só ter rematado à baliza à passagem da meia hora de jogo.
Mas será sempre importante lembrar que as minhas primeiras palavras no post sobre o jogo foram: “Num jogo equilibrado”…
Mas devido ao “calor” e tensão no final da partida, só hoje soube das estatísticas da partida, e tive agora uma “grande surpresa” no programa Trio de Ataque!
A estatística do jogo é extremamente equilibrada, com as equipas a EMPATAREM praticamente em todos os aspectos, a saber:
- Posse de bola
- Remates
- Remateis direccionados à baliza
- Remates Perigosos
- Livres
- Livres Perigosos
- Cantos
- Passes de ruptura
- Perdas de bola
- Recuperações
Apenas num aspecto não foi equilibrado: nos cruzamentos, onde o Sporting efectuou muito mais.
Decompondo as estatísticas, conclui-se que a 1ª Parte foi de domínio Portista e a 2ª Sportinguista.
E vocês, estavam à espera destes dados estatísticos?

quarta-feira, 29 agosto, 2007