SC Covilhã 1-3 Ac.Viseu FC
«De Viseu, serra acima, vieram mais de três mil, que transformaram a Covilhã num imenso arraial…» começa assim a crónica do jornal «A Bola», de outubro de 1977, referente à vitória academista de 77/78 (1-2, Keita).
Volvidos
mais de 40 anos uma dúzia de academistas – se tanto – voltaram a ver uma
vitória academista na Serra da Estrela, depois de 13 jogos onde o máximo que
havíamos conseguido tinham sido 3 empates.
Apesar
da boa exibição, digna de um candidato, foi o SCC o primeiro a causar algum
perigo na partida, logo aos 4 minutos, mas Peçanha correspondeu como se espera
de uma guarda redes com a sua mestria.
Reagiu
bem o Académico, conseguindo logo dois pontapés de canto, colocando em
sobressalto a defesa serrana. Ao minuto 14 a primeira oportunidade de golo,
Avto ganha a bola a um adversário, desmarca Nsor com o ganês a abrir o
marcador.
O
Académico, que já se estava a superiorizar na partida, com o golo tranquilizou-se.
Foi bonita de se ver a maneira como a equipa do nosso clube se apresentava no
relvado do velhinho Santos Pinto, muito personalizada, trocando a bola com
mestria, com Zé Paulo a evidenciar-se nesse aspeto.
Foi
por isso sem grande surpresa que o Académico chegou ao segundo golo – canto de
Avto e Bura de cabeça a fazer o seu 21º golo como jogador do Académico.
Daí
até ao intervalo o Académico controlou a partida a seu belo prazer. Das
bancadas com adeptos serranos ouvia-se «bela equipa esta», «trocam bem a bola,
nós nem a cheiramos».
Na
segunda parte o SCC melhorou. Bem mais agressivos sobre a bola, os homens da
casa iam-se abeirando da baliza academista, embora o perigo fosse relativo, com
os jogadores do nosso clube a não terem a mesma liberdade da primeira parte.
Os
covilhanenses acabariam por reduzir ao minuto 61 num golo que consideramos
esquisito. Porquê esquisito? É que após um lançamento em profundidade entre o
defesa direito academista e o central por aquele lado, o atleta serrano na cara
de Peçanha tinha tudo para fazer o golo, mas o guardião academista evitou-o e
quando todos nos aprestávamos para respirar de alívio o esférico sobra de novo
para o jogador de verde vestido que atira para a baliza deserta (1-2).
As
hostes covilhanenses, obviamente, animaram-se e nas mentes academistas – na
minha pelo menos, pois estive presente – recordava-se o dia 3 de janeiro de
2016 quando a vencermos por dois-a-zero (golos de Forbes e Clayton) permitimos
o empate com golos aos 87 e 90+2.
Mas
os tempos são outros. O Académico soube sofrer e Manuel Cajuda teve o «toque de
Midas» no dia de hoje. Trocou o homem das duas assistências para golo e colocou
João Mário que entrou muito bem na partida.
E
seria o guineense a assistir para o terceiro golo academista. Grande arrancada
de Capela, excelente o passe a desmarcar o extremo academista, magnífico o
cruzamento de João Mário e eficiente o cabeceamento de Nsor – golo do
Académico! Jogo terminado…
O
SCC, equipa algo limitada, ainda manteve a partida em aberto até bem perto do
fim, mercê de um coração fantástico, lutando até à exaustão. Não teve no entanto
hipóteses perante um Académico personalizado, que ainda andou perto do quarto
golo, mas que seria injusto para o labor covilhanense.
1 comentários:
Pois é, mais do mesmo.
sexta-feira, 30 março, 2018Bons jogos fora de portas, onde podemos ganhar a qualquer um e isso tem sido mesmo assim, mas quando chegamos ao Fontelo, à nossa casa, que devia ser uma fortaleza onde os outros deviam penar, acabamos por perder.
Esta época não temos equipa para assumir os jogos, vergar os adversários. Assim que um clube entra em campo para não perder, encolhido a defender a todo o preço, o mais certo é sermos derrotados. Oliveirense, Famalicão são os exemplos mais recentes.
Fico a tremer só de pensar no jogo do Real. Hoje, tinha a certeza que iamos ganhar e bem.
ganhar no Fontelo é essencial! Ninguém consegue boas classificações a ganhar fora e a perder em casa.
Vamos puxar pelo nosso Académico no Fontelo! Todos ao Fontelo gritar: ACADÉMICO! ACADÉMICO!
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