quinta-feira, junho 18, 2009

Palavras dos outros XLI

Foi difícil, já se sabia.
Teve sorte o Académico? Soube procurá-la.
A subida de divisão do Académico de Viseu chegou na última jornada, nos últimos minutos, de um jogo mais disputado que bem jogado, onde os comandados de Luís Almeida acabaram por ser premiados por dois remates fantásticos. O primeiro, um chapéu bem medido de Costa ao guarda-redes do Anadia. O segundo, nos instantes finais da partida, e que deu a tão ansiada vantagem de dois golos, em mais um portentoso remate de Rui Santos. Ele que nos últimos jogos vinha assinando golos de belo efeito.
Teve Rui Santos a sorte que soube procurar. Acreditou que aquela seria a sua tarde, num jogo onde, até então, os remates até nem lhe estavam a sair especialmente acertados.
O dois a zero acabaria por ter um efeito de "panela de pressão" à qual a tampa salta. É que as notícias que chegavam de Tondela, onde os da casa haviam dado a volta a um resultados que chegou a ser bem desfavorável, não eram as que melhor serviam as aspirações da formação de Luís Almeida.
Foi um momento de total euforia, só suplantado pelos que se seguiram ao apito final. A invasão pacífica do relvado, por uns adeptos sedentos de celebrar um momento como aquele, acabou por colorir uma festa que viria a prolongar-se pelas ruas da cidade.
Estava concretizada a subida de divisão.
Um ano que acaba por coroar uma época de alguns contratempos e onde, passada esta euforia da vitória, já se pensa no futuro.
Segunda, dia 15 de Junho, o Académico vai a votos. António Albino volta a candidatar-se e já "sonha" com a Divisão de Honra.
A verdade é que esta subida acaba também por ser fruto do trabalho de uma equipa de técnicos, dirigentes e jogadores que, mesmo nos momentos mais difíceis, e quando muitos já não acreditariam, sempre soube manter a serenidade.
Agora vem o "defeso" e o mercado vai agitar-se. Nas próximas semanas há promessa de novidades no plantel academista.


Gil Peres – Jornal do Centro

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