Palavras do presidente do AVFC
Depois da polémica extinção do Clube Académico de Futebol, determinada pela Justiça, um novo clube surgiu em Viseu. A iniciativa partiu do Grupo Desportivo de Farminhão, que aproveitou o balanço competitivo das secções do antigo clube. Em finais de 2005 foi criado o Académico de Viseu Futebol Clube. Novas ideias apareceram e são agora explicadas pelo presidente da recém criada formação desportiva que acredita: “agora sim, surgiu o verdadeiro Académico de Viseu!”Jorge Simão era o presidente do Grupo Desportivo de Farminhão, clube que recebeu em 2005 o legado desportivo do antigo Clube Académico de Futebol, entretanto extinto por ordem judicial devido à acumulação de dívidas ao Fisco, à Segurança Social e a jogadores.
Em finais do ano passado o clube de Farminhão deixou de existir por decisão dos seus corpos dirigentes e sociais. Nascia assim um novo organismo desportivo – o Académico de Viseu Futebol Clube – liderado pela equipa que anteriormente estava à frente do Grupo Desportivo de Farminhão. O presidente, Jorge Simão, explica porquê: “Este clube nasce da alteração da denominação social do antigo Grupo Desportivo de Farminhão. Como as pessoas sabem, a vida futebolística está complicada.Em 2005, altura em que tomámos a decisão de criar um novo clube, eu era presidente do Grupo Desportivo de Farminhão. Fizemos esta fusão em que aproveitámos o nome do antigo Académico de Viseu e criámos o Académico de Viseu Futebol Clube (AVFC). E a partir daí, acrescenta Jorge Simão, “em primeiro lugar o Farminhão era um clube que vivia algumas dificuldades financeiras. Depois, como estávamos na I Divisão Distrital, seria mais fácil para este novo clube começar no futebol e não começar pela estaca zero, que seria a III Divisão Distrital. Com estas pessoas de Viseu que estão na direcção do clube, Delfim Rodrigues, Aurélio Loureiro e António Albino, começámos a abraçar um projecto e assim nasceu o Académico de Viseu Futebol Clube. Tudo foi feito com a maior clareza e legalidade.Só o nome mudou. Tudo o resto se manteve excepto o local da sede, que foi alterado. Tínhamos a sede na rua do Viso, em Farminhão, e mudámos, legalmente, para a rua João Mendes, em Viseu, onde estamos há cerca de dois meses.Na passada época futebolística conseguimos o segundo lugar na I Divisão Distrital. E, se nada acontecer em termos federativos é nesse escalão que vamos continuar. A III Divisão Nacional seria uma possibilidade, mas feito o sorteio, a nossa equipa principal vai se manter no primeiro nível do Campeonato da Associação de Futebol de Viseu.”
No que toca às restantes modalidades desportivas, para além do futebol sénior, Jorge Simão conta o que foi feito para as integrar na nova colectividade.“Pegámos também nas secções desportivas, a natação, o andebol, o atletismo e os veteranos e fomos desenvolvendo e continuando actividades ao longo da época. O ano de 2005 não foi fácil com estas adaptações todas. No início da época o antigo Clube Académico de Futebol (CAF) ainda existia, com as camadas jovens. Em Dezembro, por decisão judicial, tivemos que interromper a actividade desportiva dessas camadas. Já este ano, em tribunal, comprámos todos os direitos dos atletas (os passes dos jovens, desde as escolas aos juniores), além de algum património do CAF, excepto a sede. Esses jogadores são nossos este ano e vamos entrar com todas as camadas jovens pelo novo clube, mas nas competições distritais. Os atletas das camadas jovens estavam, na sua maior parte, nos campeonatos nacionais mas como este é um clube novo agora têm que entrar pelas bases.”
Em finais do ano passado o clube de Farminhão deixou de existir por decisão dos seus corpos dirigentes e sociais. Nascia assim um novo organismo desportivo – o Académico de Viseu Futebol Clube – liderado pela equipa que anteriormente estava à frente do Grupo Desportivo de Farminhão. O presidente, Jorge Simão, explica porquê: “Este clube nasce da alteração da denominação social do antigo Grupo Desportivo de Farminhão. Como as pessoas sabem, a vida futebolística está complicada.Em 2005, altura em que tomámos a decisão de criar um novo clube, eu era presidente do Grupo Desportivo de Farminhão. Fizemos esta fusão em que aproveitámos o nome do antigo Académico de Viseu e criámos o Académico de Viseu Futebol Clube (AVFC). E a partir daí, acrescenta Jorge Simão, “em primeiro lugar o Farminhão era um clube que vivia algumas dificuldades financeiras. Depois, como estávamos na I Divisão Distrital, seria mais fácil para este novo clube começar no futebol e não começar pela estaca zero, que seria a III Divisão Distrital. Com estas pessoas de Viseu que estão na direcção do clube, Delfim Rodrigues, Aurélio Loureiro e António Albino, começámos a abraçar um projecto e assim nasceu o Académico de Viseu Futebol Clube. Tudo foi feito com a maior clareza e legalidade.Só o nome mudou. Tudo o resto se manteve excepto o local da sede, que foi alterado. Tínhamos a sede na rua do Viso, em Farminhão, e mudámos, legalmente, para a rua João Mendes, em Viseu, onde estamos há cerca de dois meses.Na passada época futebolística conseguimos o segundo lugar na I Divisão Distrital. E, se nada acontecer em termos federativos é nesse escalão que vamos continuar. A III Divisão Nacional seria uma possibilidade, mas feito o sorteio, a nossa equipa principal vai se manter no primeiro nível do Campeonato da Associação de Futebol de Viseu.”
No que toca às restantes modalidades desportivas, para além do futebol sénior, Jorge Simão conta o que foi feito para as integrar na nova colectividade.“Pegámos também nas secções desportivas, a natação, o andebol, o atletismo e os veteranos e fomos desenvolvendo e continuando actividades ao longo da época. O ano de 2005 não foi fácil com estas adaptações todas. No início da época o antigo Clube Académico de Futebol (CAF) ainda existia, com as camadas jovens. Em Dezembro, por decisão judicial, tivemos que interromper a actividade desportiva dessas camadas. Já este ano, em tribunal, comprámos todos os direitos dos atletas (os passes dos jovens, desde as escolas aos juniores), além de algum património do CAF, excepto a sede. Esses jogadores são nossos este ano e vamos entrar com todas as camadas jovens pelo novo clube, mas nas competições distritais. Os atletas das camadas jovens estavam, na sua maior parte, nos campeonatos nacionais mas como este é um clube novo agora têm que entrar pelas bases.”
Porque é que foi escolhida a designação “Académico” para o novo clube?“
No início da época ainda começámos como Grupo Desportivo de Farminhão. Em Outubro de 2005 fizemos a alteração da denominação social e o clube passou logo a chamar-se AVFC. Foi a única alteração. Para além da denominação tudo o resto se manteve.Pensámos nessa altura aproveitar o nome ‘Académico’ porque estava muito enraizado nas pessoas, mas queremos trabalhá-lo de outra forma diferente, mais coerente.Na natação, por exemplo, foi basicamente a mesma coisa. Com a extinção do CAF a modalidade acabou. Como as inscrições para a natação só são feitas em Outubro, conseguimos fazê-las pelo novo clube.No andebol foi diferente. Fizemos a inscrição antes, mas houve a possibilidade de transferir os direitos desportivos do CAF para o AVFC.Mais fácil foi com os veteranos, uma vez que não é necessário qualquer tipo de inscrição. Eles são autónomos. Bastou quererem fazer parte do novo clube e foram integrados.Em relação a todas as secções, o que já decidimos é que terão que ser autónomas. É evidente que têm o apoio do clube, trabalhamos todos para o mesmo barco, mas com autonomia, que acontece até nas contas.”
Pelos vistos estão a utilizar o mesmo logótipo do antigo CAF. Isso é legal?
“O logótipo do antigo CAF nunca tinha sido registado. O que fizemos foi aproveitá-lo e registar a patente que nunca havia sido oficializada.”
Qual é, no fundo, o vosso grande objectivo com a criação do AVFC?“
Eu penso que hoje já começamos a ganhar a confiança da cidade. Em termos futuros, poderemos não estar à frente do clube, mas o que gostaríamos era de deixar as coisas programadas para que o Académico de Viseu seja o líder na região centro, o verdadeiro “centro liderante nas Beiras”.Da forma como Viseu tem crescido e o que actualmente significa já merecia ter um clube liderante em termos regionais. Neste momento estão criadas as infra-estruturas desportivas e para isso temos tido um grande auxílio da Câmara Municipal.”
Como reagem ou têm reagido ao facto de o clube inicial ser de Farminhão, terra de onde é também natural o presidente da Câmara, Fernando Ruas? Há algum tratamento especial por isso?
“Essa questão é muito fácil de responder. Quando estávamos no Farminhão, o clube era a bandeira do presidente da Câmara. Mas ele dizia sempre: ‘façam como o clube da minha terra que eu nunca lhes dei nada e eles sobrevivem na mesma’.Temos uma excelente relação, não só com a Câmara mas com todas as instituições públicas. E queremos alargar essas boas relações aos clubes todos da região e a toda a gente.O apoio da Câmara de Viseu é precisamente o que os outros clubes têm. Os apoios estão predefinidos em termos de ajuda aos clubes e não dão mais que isso.”
O que pretendem fazer na formação de novos atletas, naquilo a que se chama as escolas de um clube?
“Temos algumas ideias nesse sentido. Para já o que está feito são dois acordos de colaboração com o Instituto Piaget, para a formação desportiva, e com o Sport Lisboa e Benfica. Neste último adoptámos o modelo de formação do clube. Todo o trabalho nas camadas jovens vai ser feito de acordo com o actual modelo do Benfica. Também na prospecção de novos atletas poderemos beneficiar de atletas que interessem ao Benfica e que passarão primeiro pelo Académico de Viseu.”
A tendência actual dos clubes é a constituição de Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) para fazer face às necessidades financeiras. Será que no futuro poderão optar por este modelo de gestão?
“Não vamos optar pela constituição de uma SAD. Em nossa opinião esse tipo de sociedades existe para os clubes que contraem dívidas. Se o Académico crescer sem dívidas, que é o que esperamos que aconteça, não haverá necessidade de fazer nenhuma SAD.O clube não vai viver só com os subsídios da Câmara Municipal. Já conseguimos fazer um trabalho muito interessante na aquisição de apoios publicitários e é essa a orientação que queremos manter com a realização de projectos mais arrojados com as grandes empresas da região.”
O novo Académico de Viseu Futebol Clube já tem 380 sócios. Os actuais dirigentes estão satisfeitos com a procura e interesse que os viseenses têm demonstrado. O apelo do novo AVFC é, segundo Jorge Simão, “cada vez mais academistas, mais viseenses, mais população do distrito e das Beiras, que participem na construção de um grande clube”.
Plantel para a nova temporada na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Viseu:
Guarda-redes: Manuel Fernandes (ex-Nelas) e André Maló
Defesas: Fábio Santiago, Calico, João Miguel (ex-Nelas), Zé Pedro (ex-Sátão) e Xinoca (ex-Social de Lamas)
Médios: Zé Filipe, Paulito, Simões, Filipe Figueiredo, Santos (ex-Sátão) e Álvaro (ex-Penalva)Avançados: Jusko e Eduardo (ex-Mangualde)
Nota: Trabalho de José Lorena,Gazeta Desportiva, retirado do site viseuonline com link disponível no título
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