CGD
Stadium Aurélio Pereira, 2 de dezembro de 2015
18ª
Jornada da Liga 2
Árbitro:
Luís Godinho (Évora)
Sporting
B: Pedro Silva; Mama Baldé, Domingos Duarte, Samba (c) e Rúben Ribeiro; Zezinho
(Fokobo, 78), Ryan Gauld e Labyad; Francisco Geraldes, Podence (Sacko, 83) e e
Ponde (Cissé, 73). Treinador: João de Deus.
Ac.
Viseu: Ricardo Janota; Tiago Costa (c), Mathaus, Bura e Kiko; Romeu Ribeiro,
Alex Porto (Capela, 51) e Bruno Carvalho; Carlos Eduardo, Tiago Borges (Yuri,
17) e Forbes (Diogo Fonseca, 60). Treinador: Ricardo Chéu.
Expulsão:
Diogo Fonseca 64
Golos:
Ponde 11 (1-0), Yuri 21 (1-1), Ponde 34 (2-1), Francisco Geraldes 47 (3-1),
Bura 67 (3-2), Francisco Geraldes 90 (4-2)
Foto: Rui Minderico retirada do site Record, como pode comprovar
aqui
O
Académico, com Bruno Carvalho no lugar de Clayton e Forbes no lugar de Diogo
Fonseca, isto em relação ao jogo com o Chaves, apresentou-se esta tarde algo indolente
e desconcentrado, e logo aos 3 minutos vimos brilhar aquele que para nós foi o
melhor academista em campo, Ricardo Janota.
Seria
esse o prelúdio do que viria suceder pouco depois, aos 11 minutos, com falha
grave de Bura, que não foi assertivo na sua intervenção, perdeu a bola para
Mama Baldé, que serviu Ponde, para este empurrar a bola para o fundo do
desfortunado Janota. E as coisas não ficaram por aqui porque ainda vimos Janota
com mais um par de boas decisões, a evitar que a equipa B do Sporting
aumentasse a vantagem.
Pouco
depois do quarto de hora o treinador academista tirou do campo Tiago Borges
(tocado) e fez entrar Yuri. O jovem extremo academista, com apenas 4 minutos em
campo, acabaria por empatar o jogo para o Académico, correspondendo de forma
certeira a um bom cruzamento de Carlos Eduardo.
E
o Académico melhorou, equilibrou e dividiu o jogo, e quando pouco ou nada o
fazia prever, até porque o Académico parecia ter estancado o perigo que vinha
do flanco direito leonino, Podence passou à vontade por Kiko, fez um cruzamento
que sobrevoou Janota e ao segundo poste surge o luso-romeno ponta de lança, Ponde,
a empurrar para a vantagem caseira.
Dois-a-um
ao intervalo.
Não
sabemos o que terá dito Chéu aos seus jogadores no intervalo. Mas o que quer
que fosse deverá ter caído por terra logo no início da segunda parte, com
Francisco Geraldes a elevar a vantagem sportinguista. Um grande golo, que os sportinguistas
irão partilhar vezes sem conta, mas muito consentido. Não por Janota, que esse
nada podia fazer, mas sim pelo meio campo academista, ninguém pressionou, tudo
marcou com os olhos e deu no que deu.
Diga-se,
em abono da verdade, que ao contrário do 1-0, o Académico reagiu bem ao golo
sofrido e pouco depois poderia mesmo ter marcado – boa intervenção de Pedro
Silva.
Com
o intuito de mudar as coisas, acreditamos nisso, Chéu à hora de jogo já tinha
esgotado as substituições. Capela rendeu Alex Porto, Diogo Fonseca rendeu
Forbes. Se com a entrada de Yuri o técnico academista mudou a equipa (para
melhor) a entrada de Diogo Fonseca também, mas para pior. Mas disso o técnico
academista não teve culpa, o “culpado” foi mesmo o ponta de lança açoriano que
foi expulso escassos minutos depois de ter entrado.
Com
meia hora para jogar, com as substituições esgotadas e a jogar com um a menos,
poucos seriam os que acreditavam que o Académico ainda pudesse tirar algo de
positivo do jogo. No entanto o golo de Bura, após livre de Kiko, viria a
colocar o Académico em jogo. Faltava “apenas” mais um golo.
Mas
esse golo não surgiu. Cada vez que havia uma bola parada junto à área leonina,
crescia a esperança academista. E foi a partir de um lance desses, livre
ofensivo academista, que surgiu o 4-2 final. Não deu muito bem para perceber
via televisão, mas pareceu que toda a gente ficou especada no meio campo
leonino, enquanto o contra ataque leonino se desenrolava. Só dois atletas
pareceram se ralar com o assunto (Costa e Janota), que foram impotentes para
travar o bis de Francisco Geraldes.
Em
suma parece-me um resultado justo, num jogo em que o Académico apenas e só se
pode queixar de si mesmo, ficando a impressão que quase todos podiam, e deviam,
ter feito mais.
Melhores
dias virão e convém que venham rápido.
José
Carlos Ferreira, sócio nº 217 do Académico de Viseu Futebol Clube