Adversários do passado: Varzim SC
Nome:
Varzim Sport Clube
Ano
de fundação: 1915
Localidade:
Póvoa de Varzim
Associação:
Porto
Estádio:
Estádio do Varzim
Equipamento:
Camisola preta e branca listada verticalmente, calções pretos, meias pretas
O
Varzim está, neste momento, no Campeonato Nacional de Seniores mas é um dos
grandes nomes do futebol português pois já conta com vinte e uma presenças no
principal escalão do nosso futebol.
Até
ao momento Académico (na sua versão CAF) e Varzim encontraram-se por 11 vezes.
O Académico venceu 3 jogos, empatou 1 e perdeu 7, marcou 8 golos e sofreu 24.
No Fontelo a vantagem é academista com 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, marcou
6 golo e sofreu 3. Fora do Fontelo é o descalabro, seis jogos e outras tantas
derrotas, 2 golos marcados e 21 sofridos. Luisinho com dois golos destaca-se nos
marcadores academistas. Chico Santos, Penteado e Rodrigo com 3 jogos foram os
academistas que mais vezes defrontaram o Varzim com o manto sagrado vestido.
Vinte
e sete de Janeiro de 1963, Estádio do Fontelo. Foi nesse dia que os dois clubes
se encontraram. Disputava-se então a II Divisão Zona Norte, estávamos na última
jornada da primeira volta e o Varzim venceu por esclarecedores 0-3. A
superioridade poveira foi indiscutível, “venceu a equipa de maior capacidade”
dizia o jornal A Bola.
Na
segunda volta, a 12 de maio de 1963, nova vitória do Varzim e desta vez de
forma esmagadora… 8-0! A estrela dos poveiros foi Noé que apontou 5 golos, ele
que já tinha feito todos os golos do Varzim no confronto com o CAF na primeira
volta. O Académico desceu, o Varzim subiu.
Praticamente
15 anos depois, em Fevereiro de 1978, Académico e Varzim encontraram-se de
novo, desta vez na Taça de Portugal, nos oitavos de final, com nova goleada
poveira desta vez por 4-0. Terminava aí a caminhada academista, naquela
competição, que havia começado no Fontelo com vitória por 3-0 sobre o Benfica
de Castelo Branco (Penteado por duas vezes e Albasini), havia passado por Paio
Pires (vitória por 1-0 com golo de Rodrigo), Ponte de Sor frente ao Eléctrico
(1-4 com golos de Pedro Paulo, Albasini por duas vezes e Penteado) e finalmente
no Fontelo frente ao Torreense (3-1 com golos de Pedro Paulo, Toyobe e Keita).
Na
época seguinte, 78/79, encontraram-se de novo, desta vez na I Divisão. Na Póvoa
do Varzim venceram os varzinistas por 2-0 com golos de Vaz na própria baliza
(“só o autogolo de Vaz abriu o caminho à vitória” dizia um dos jornais da
época) e outro golo a ser apontado por Brandão.
Na
segunda volta, 20ª jornada, no 5º jogo contra o Varzim finalmente o primeiro
golo, apontado por Joaquim Rocha, e sobretudo a primeira vitória contra os
poveiros. “Mais uma acha na fogueira da esperança” dizia o Record numa clara
alosão à luta pela permanência academista, uma luta que viria a ser inglória.
Em
80/81 novo encontro, outra vez na primeira divisão. Na Póvoa do Varzim já adivinhou
de certeza o que aconteceu – se esteve atento à leitura de início – o
Académico de Viseu perdeu por 3-1 com o golo academista a ser apontado por
Inaldo. A título de curiosidade diga-se que um dos golos dos poveiros foi
apontado por António Borges que viria a ser muitos anos mais tarde, treinador
do AVFC.
Na
segunda volta, na 22ª jornada, no Fontelo o Académico venceu por 1-0 com o golo
academista a ser apontado por Fernando logo ao minuto 4 do jogo, um golo que
viria a ser decisivo na atribuição dos dois pontos ao Académico de Viseu e que
seriam muito importantes no final da época, já que o Varzim desceu (14º
classificado) e o CAF manteve-se (13º lugar e disputa com sucesso da Liguilha).
Foi
preciso esperar quase 10 anos para novo encontro entre os dois clubes. Foi na
época 90/91 na Liga de Honra. No Fontelo na 13ª jornada empate a zero entre os
dois contendores. “Preocupação dos pontos roubou discernimento às equipas”
dizia o jornalista Carlos Costa de A Bola salientado ainda que “os viseenses
usaram e abusaram do sistema de despejar bolas sem o menor proveito”; já o
Record, pela “pena” de Agostinho Torres, afirmava ser justa a “repartição de
pontos em jogo sem lances de perigo”.
Na
segunda volta, na 32ª jornada, o Académico perdeu por 2-0. Com Paulo Futre a
assistir, e com a equipa poveira em crise, o CAF perdeu de novo na sua visita à
Póvoa do Varzim. “Há quanto tempo os poveiros não ganhavam…” dizia o Record, já
A Bola referia que “posições classificativas até pareciam invertidas”.
Em
96/97 o último encontro entre as duas equipas, na mesma divisão em que estamos
neste momento. Na 15ª jornada, da primeira volta, o Académico perdeu fora de
casa por 2-1. O golo academista foi apontado por Luisinho, golo que empatava a
partida, ao minuto 68, mas o Varzim marcaria de novo dois minutos depois.
“Oportunismo do joker Lino quebrou as ilusões beirãs" dizia o jornal Record.
Na
segunda volta o CAF goleou, sem apelo nem agravo. Vitória por 4-0 com golos de
Sérgio, Luisinho, Chalana e Zé de Angola. Decorria a jornada 32. “Três afiadas
lanças africanas descobrem fraquezas do Varzim” dizia o Record numa clara referência a Luisinho, Zé de Angola e Zezinho. De referir que o Varzim era o líder da
classificação. Um grande jogo academista!
Jogadores
que jogaram em ambos os clubes (nomes apurados até ao momento):
Campinho
– Ajudou o Académico de Viseu a subir à Segunda Liga na época passada. O actual
jogador do Boavista esteve cinco épocas no Varzim (05/08 e 09/11), clube da sua
formação, jogando sempre na Segunda Liga.
Flávio– No Académico de Viseu jogou sempre na I Divisão nas épocas de 80 a 82. No
Varzim em 85/86 terminou no segundo lugar na zona norte da II Divisão e acabou
por alcançar a subida à I Divisão numa liguilha com Aves, Recreio de Águeda e
União da Madeira. Na época seguinte foi pouco utilizado na I Divisão. Regressou
ao Varzim em 89/90 numa época em que o Varzim foi 7º classificado na zona norte
da II Divisão.
Genildo – Jogou no CAF em 76/77
e antes também havia jogado no Varzim (73/75). Em Viseu jogou na II Divisão, no
Varzim foi 6º classificado da zona norte da II divisão e na época seguinte foi
4º.
Ibraima – Vai agora para a
segunda época no nosso clube. Jogou no Varzim antes de vir para Viseu e ajudou os
varzinistas a subir à Segunda Liga. Mais tarde a equipa por problemas
financeiros acabou por “abdicar” da subida.
Jorge Gomes – Esteve quatro épocas no Académico de Varzim. Subiu o Académico em 65/66
à segunda divisão. Jogou no Varzim em 64/65 numa altura em que a equipa
varzinista jogava na I Divisão (11º classificado).
José Duarte – É um dos jogadores históricos do Académico de Viseu e começou a jogar
no Varzim em 86/87, estava o clube na I Divisão.
N´Habola
– Foi o homem golo da subida academista à I Divisão em 79/80. Esteve no Varzim
em duas épocas distintas. Em 76/77 fez parte do plantel varzinista que alcançou
o 7º lugar na I Divisão. Em 85/86 alcançou a subida à I Divisão.
Nuno Santos – Jogou no
Académico em 03/04 e na época seguinte no Varzim, No CAF fez apenas 5 jogos e
no Varzim foi mais feliz já que fez mais de 20 jogos na Segunda Liga.
Paulo Fernando – Só dois jogos no CAF em 93/94. No Varzim jogou de 95 a 97. Na
primeira época na II Divisão, zona norte, alcançou a subida à segunda liga onde
jogou na época seguinte.
Paulo Ricardo – Fica para sempre ligado ao fim do CAF. No Varzim jogou na época
anterior à sua vinda para o CAF. Lá, na Póvoa, foi o melhor marcador da equipa
na II Divisão, norte.
Paulo Viana – Jogou no Académico em 89/90 e no Varzim na época anterior. Em Viseu
ajudou o CAF a classificar-se para a primeira edição da Segunda Liga nos moldes
que a conhecemos atualmente. No Varzim ajudou a equipa a classificar-se na 6ª
posição da II Divisão, zona norte.
Rui Trigo – Em Viseu na época 95/96 e no Varzim na época seguinte. No CAF jogou na
Segunda Liga, e no Varzim ajudou o clube a subir à I divisão.
Zé Nando – Jogou no Varzim em 89/90 transferindo-se depois para o Académico de
Viseu depois. No Varzim foi 7º classificado da II Divisão, zona norte e em
Viseu quase conseguia a subida à divisão maior do nosso futebol.
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