quarta-feira, novembro 09, 2016

O rendimento de André David comparado com os despedidos

Foto retirada do site do Record

Concorde-se ou não, a verdade é que a maioria dos adeptos academistas, pelos menos aqueles que comentam aqui no blogue ou nas redes sociais, quer o despedimento de André David.

Estamos na quarta época consecutiva na Segunda Liga e como todos sabemos nas três primeiras o treinador que começou a época acabou sempre despedido. O objetivo deste “post” é comparar os números de André David com os seus antecessores, aqueles que foram despedidos.

Filipe Moreira

Foi despedido à 23ª jornada, após a derrota no terreno do Braga B. O Académico era 20º classificado, em 22 equipas, tinha 23 pontos, com mais 5 que o último classificado (só descia uma equipa, mas acabou por não descer nenhuma).

O Académico tinha 6 vitórias, todas em casa, 5 empates (4 fora e um em casa) e 12 derrotas (8 fora, 4 em casa). Quanto a golos o Académico tinha apontado 20 (17 em casa, 3 fora) e 23 sofridos (8 em casa, 15 fora).

Em termos de taças o Académico já havia sido eliminado da Taça da Liga (fase de grupos inicial) e da Taça de Portugal (derrota em Coimbra, nas grandes penalidades, com a Académica então na I Divisão).

Alex Costa

Foi despedido na 15ª jornada, faz hoje dois anos, após a derrota caseira com o União da Madeira. O Académico era 19º, com 15 pontos, com mais um ponto que a primeira equipa a descer (desciam 3), tinha 15 golos marcados e 21 sofridos.

Na altura do despedimento o Académico tinha 3 vitórias, duas em casa e uma fora, 6 empates, cinco fora e um casa, e também 6 derrotas (quatro em casa, duas fora). Em termos de golos o Académico tinha marcado 15 golos (7 no Fontelo, 8 fora) e 21 sofridos (9 em casa, 12 fora).

Em termos de Taças, na da Liga tínhamos sido eliminados pelo Belenenses apenas nas grandes penalidades, mesmo à porta da fase de grupos final. Na Taça de Portugal caímos em casa às mãos do Famalicão, então no CNS.

Ricardo Chéu

Foi despedido à 28ª jornada, depois de um empate no terreno do Oriental (1-1). O Académico era 12º classificado com 37 pontos, mais 5 que o primeiro clube abaixo da linha de água, numa época em que desceram 5 equipas.

À 28ª jornada o Académico tinha 9 vitórias (5 em casa, 4 fora), 10 empates (4 em casa, 6 fora) e 9 derrotas (4 em casa, 5 fora). O nosso clube tinha 28 golos marcados (14 em casa e 14 fora) e 32 sofridos (14 em casa e 18 fora).

Na Taça da Liga o Académico perdeu a entrada na fase de grupos depois de ser eliminado nas grandes penalidades e na Taça de Portugal caiu em casa, mas frente ao Sporting de Braga.

Comparando

Tal como os outros treinadores, então despedidos, o Académico de André David, está fora dos lugares de descida, embora tenha o mesmo número de pontos da primeira equipa a descer (diretamente).

Também foi eliminado das duas competições extra campeonato, na Taça da Liga às portas da fase de grupos (embora tenha sido bafejado pela sorte de ter ficado isento na primeira eliminatória) e na Taça de Portugal caiu, tal como Alex Costa, com uma equipa de uma divisão inferior.

André David tem 14 pontos em 14 jogos, ou seja, tem a média de um ponto por jogo, a mesma média de Filipe Moreira e Alex Costa, mas para ter uma média igual à de Ricardo Chéu o Académico teria que ter neste momento 18 pontos (o que valeria a 11ª posição, mas ninguém pode garantir que não fosse contestado mesmo assim).

Em termos de golos marcados apresenta uma média de 0,857 golos por jogo, a média mais baixa dos 4 treinadores (Alex Costa e Ricardo Chéu (1) e Filipe Moreira (0,870)).

Quanto a golos sofridos André David apresenta a segunda melhor média, ou seja, 1,071 golos sofridos por jogo (Filipe Moreira (1), Chéu (1,143) e Alex Costa (1,4)).

Em termos de desempenho casa/fora: É, de longe, dos quatros treinadores analisados aquele que tem pior desempenho caseiro. Ganhou apenas 28,6% dos pontos possíveis, muito longe dos 57,6% de Filipe Moreira e dos 48,7% de Chéu, perdendo também para Alex Costa (33,3%). Fora de casa o seu desempenho é bem melhor, ganhou 38,1% dos pontos disputados perdendo por pouco para Ricardo Chéu (40%), batendo Alex Costa (33,3%) e “goleando” Filipe Moreira (11,1%).


Conclusão

Dá por certo para fazer mais contas com os números apresentados, mas torna-se evidente que André David está com um rendimento muito similar a Alex Costa e Filipe Moreira, e perde claramente para Ricardo Chéu. Todos eles foram despedidos. Conseguirá André David "sobreviver"?

José Carlos Ferreira, sócio nº 217 do Académico de Viseu Futebol Clube

4 comentários:

Unknown disse...

Em termos quantitativos, mau.
Em termos qualitativos, miserável!

Em termos de mentalidade, deplorável... Já deveria ter percebido que não é desejado é que não é competente.

quarta-feira, 09 novembro, 2016
paulo teixeira disse...

O mister David parece que tem o condão de se safar quando parece estar tudo perdido, foi assim com o Santa Clara e com o Leixões, espero que se safe novamente no próximo jogo, mas tambem acredito que em caso de derrota será o fim da linha porque se não o for havera qualquer coisa por detrás disto!
Quanto aos 3 tecnicos aqui apresentados Filipe Moreira para mim será sempre o homen que nos levou aos campeonatos profissionais, excelente na constituição do plantel, arranjou um conjunto de jogadores fabuloso Tiago Rosa, Tiago Lança, Capela, João Martins, Cafu, Paulo Monteiro, Claudio, Leonel etc... o problema era fora do Fontelo o homen parecia que tinha uma paragem qualquer a fazer a montar a equipa, em casa a equipa era fortissima, quem não se lembra dos 3-0 aplicados a 3 ou 4 adversários onde alguns deles eram candidatos á subida o caso do Aves e Portimonense este ultimo veio a Viseu como lider e saíu de cá goleado!
Alex Costa o inventor, muito parecido com André David mas o futebol da equipa era bem melhor o problema dele era mesmo inventar demais pois graças a isto foi eliminado da Taça de Portugal e da Taça da Liga.
Finalmente Ricardo Cheu, a seguir a Carlos Alhinho o homen que pôs o Académico a jogar futebol de verdade e fazer com que o Fontelo recuperasse a mancha humana de outra epocas foi despedido porque estava em 11º com 5 pontos de vantagem sobre a linha de agua, quase ganhava em casa de um adversário que na jornada anterior tinha ido empatar a casa de um super candidato á subida e alguem pensou que com um plantel de tostões era candidato á subida....

Paulo Teixeira

quarta-feira, 09 novembro, 2016
Unknown disse...

Ninguém mais do que eu está desiludido, muito desiludido, com o resultado do jogo do passado domino frente à Olhanense. O Resultado foi péssimo e a exibição foi má, não há quem discorde de ambas as situações.
Agora, após este ponto prévio, sobre o qual todos estamos de acordo, temos de fazer uma análise mais global e não reagir, a quente, a um resultado e a uma exibição, que repito, foram ambos maus, mas vamos a alguns factos:
Neste jogo, o Académico sofre um golo cedo e a seguir apanha uma equipa`”à Italiana” que fechava todos os caminhos para a sua baliza e abdicava, quase por completo de tentar construir fosse o que fosse. Obviamente que era difícil dar a volta ao jogo, mas, ainda assim, tínhamos obrigação de fazer mais na 1ª parte. Contuso, na 2ª parte, na nossa “melhor” fase (nunca chegamos a jogar verdadeiramente bem, é verdade), ainda assim, na altura em que parecia que podíamos ainda lutar pelo resultado do jogo, acontece o lance do Saná, que é no mínimo, em tudo idêntico à entrada sobre Tiago Borges na 1ª parte, e o árbitro decide de forma totalmente diferente, e aí, as nossas dificuldades que já eram muitas, ficam demasiadas.
Ou seja perdemos um jogo, que não nos passava pela cabeça de forma alguma perder, e isso custou muito a todos, custou mesmo muito, mesmo muito, mas jogos destes acontecem todas as épocas, e a nós infelizmente foi em todos os anos, e sempre nos deixou em dificuldades, agora há que saber reagir com categoria a tamanha adversidade.

Em termos da nossa época, é verdade que o nosso futebol nos últimos jogos não é suficiente, no Fontelo, todos esperamos mais, mas a verdade, é que os pontos estavam a aparecer, e no início da época com futebol de boa qualidade, os pontos rareavam, e, recorde-se, por exemplo, o jogo contra o Vizela ou o Varzim, onde o Académico jogou bem e em 6 pontos, apenas um.

Esta 2ª Liga, é difícil de entender e sobreviver, aqui, é muito complicado, mas nós temos de ser inteligentes e ir aprendendo com os erros acumulados nos anos anteriores e já no presente ano.

Se todos dermos estabilidade a quem trabalha, se calhar, e´a melhor forma de ultrapassarmos esta muito difícil situação, reconheço, tal como todos, mas, também, nenhum de nós gostaria de exercer a sua profissão, sendo permanentemente insultado no seu local de trabalho, e infelizmente, tem acontecido isso, em alguns jogos, retirando a necessária tranquilidade aos nossos jogadores.

Nós Somos o Académico, Nós Somos Diferentes, não nos podemos esquecer, pois na é+oca anterior quando tudo parecia perdido, nós, sim, nós, Sócios e Adeptos, fomos a todo o lado e apoiámos do início ao fim, e isso, este ano, infelizmente, não tem acontecido. Temos de atalhar desde já, pois, agora, é a altura de somarmos os pontos certos, para termos um final de época mais do agrado de todos.

Todos os Jogadores, Treinadores, Direção, Sócios e Adeptos, têm de perceber que descem muitas equipas e por isso, ninguém quer estar nesse lote, e nós temos de ser Sólidos, muito unidos, para ganharmos mais vezes.

Sempre Académico!

Carlos Silva

quarta-feira, 09 novembro, 2016
Unknown disse...

Deixemo-nos de romantismos... o académico não joga nada e não é por falta de estabilidade e tranquilidade do treinador; é por falta de competência. Com este treinador, a equipa chega ao fim dos jogos com zero remates feitos. Só se preocupa em não perder; tentar ganhar é perfeitamente secundário. Este treinador tem de sair o quanto antes.

O nosso CAF merece melhor!

quarta-feira, 09 novembro, 2016