Começamos esta crónica com alguma ironia,
agradecendo à SportTv e à Liga de clubes, pela excelente decisão, de marcar um
jogo de futebol, para as 16.00h de uma tarde de Agosto, com uma temperatura
muito acima dos 30 graus.
Os jogadores e os espetadores agradecem, esta
excelente atitude de quem comanda os destinos do futebol português.
Depois deu para perceber que estas ligas
profissionais, movimentam “milhões”, garantidamente! Hoje não chegava um
autocarro, para transportar toda a comitiva da liga de clubes, capitaneada pelo
seu presidente executivo. Eram muito mais que muitos.
Falando do jogo, poderemos dizer que o Académico
ainda parece estar a fazer a sua pré-temporada.
O treinador academista, fez alinhar uma equipa com 4
alterações em relação ao jogo com o Moreirense. Do jogo com o Leixões, saíram da
equipa Janota, Rosa, e Samir. Da equipa que derrotou o Atlético para a taça da
liga, só resistiram para este jogo, Tomé, Cláudio, P. Monteiro, Luisinho,
Leonel e Capela.
Queremos com isto dizer, que é difícil estabilizar
uma equipa, quando nunca apresenta em dois jogos consecutivos, o mesmo onze
inicial. O próprio Filipe Moreira insiste em dizer que os jogadores chegaram
tarde, e ainda não têm o ritmo competitivo necessário para estas andanças.
Assim que o jogo começou, denotou-se logo falta de
concentração, dos viseenses, quando Leonel, perde a bola no seu meio campo
defensivo, e Welthon remata forte por cima da baliza de Hélder.
Faltava um “pensador”, no meio campo academista, a
equipa só jogava para trás, e curiosamente todas as jogadas começavam nos pés
do mesmo jogador, Cláudio, o único a quem a bola não “queimava”. Alguém na
bancada questionava o porquê, de ser um jogador novo na equipa a ostentar a
braçadeira de capitão, nós entendemos que foi uma decisão acertadíssima, uma
vez que com poucos jogos é já a pedra basilar da equipa.
Por volta dos 12m de jogo é Capela, que perde a bola
no meio campo defensivo, e mais uma vez não deu golo da equipa forasteira,
porque o remate saiu ao lado da baliza.
Welthon e Piqueti, chegavam para colocar em sentido
todo o meio campo e a defesa academista.
Capela, Martins e Leonel, nunca se entenderam
durante a 1ª parte, e teve de ser a habitual velocidade de Luisinho a puxar a
equipa para a frente.
Lá na frente Wendel, poucas vezes tocou na bola, e
sempre que o fez, mostrou sempre ser inconsequente, devido à falta de frescura física.
Filipe Moreira ao intervalo, fez duas alterações, tirou
Martins e Wendel, e lançou João Alves e Bruno Grou.
A equipa melhorou bastante em relação à primeira
parte, já que João Alves pegou na batuta do meio campo, jogou, e começou a
fazer jogar os companheiros. O Académico teve ascendente na partida durante os
1ªs vinte minutos da segunda parte, mas sem resultados práticos uma vez que
continuava sem criar oportunidades de golo.
Filipe, numa última tentativa de melhorar a equipa,
tira Leonel, e faz entrar Bruno Loureiro. Coloca João Alves à frente da defesa,
e Bruno a construir jogo no meio campo, e estranhamente, o Braga, ganhou
ascendente territorial.
O Académico continuava sem criar oportunidades de
golo, e Zé Rui, num ato de desespero chutava sem nexo de fora da área, na
procura do golo.
Aos 86 surge o golpe
fatal para a equipa viseense, golo do Braga B. Jogada de Piqueti pelo lado
esquerdo bracarense, consegue passar por Tomé, entra na área e à saída de
Hélder, remata e marca o golo. Tomé passou ao lado do jogo, aquela não nos
parece a sua área de conforto, e já vimos, este ano, Tiago Rosa fazer diferente
para melhor!
O Académico ainda tentou chegar ao empate, que
poderia ter acontecido ao cair do pano, quando através de um pontapé de canto,
Cláudio cabeceia sem oposição ao lado da baliza adversária.
Excelente arbitragem do Sr. Manuel Oliveira.
Resultado justo, embora o empate não escandalizasse
ninguém!
Há muito trabalho pela frente, e nós acreditamos que
com esse trabalho, e com estes jogadores, temos condições para fazer mais e
melhor. Força Académico.